segunda-feira, 14 de junho de 2010

VÍDEO 3 - (CONSUMISMO) - BIA BAI - AV2

O mundo muda cada vez mais rápido, a informação que chega a nossa cabeça vem em uma velocidade e variedade nunca antes vista (cultura imagética). Ela é jogada de qualquer forma ou de forma manipulada e não temos tempo de analisar.A  formação da cultura é o retrato do modo de viver. A cultura é originada e transmitida como forma de conhecimento. A maneira de transmissão cultural deu-se pelo contato que os filhos tinham com os pais, professores e demais pessoas detentoras de cultura. “A cultura de massa carece de desafio e estímulos intelectuais, preferindo a comodidade da fantasia. Esta encoraja o comercialismo e celebra o consumismo, pois é uma cultura banalizante.” (Strinati, 1999)
Uma maior interação social foi possibilitada pelos meios de comunicação que podem ou não servir para a comunicação em massa. A preocupação econômica com a satisfação das necessidades materiais tem contribuído para a criação de uma sociedade ignorante de valores. O consumo aparece como ícone da felicidade, falsamente imposta pelo ato de consumo que não satisfaz o comprador, o bem adquirido somente almejará o status por algum tempo, pois novas necessidades serão sugeridas rapidamente.
A moda representa a pressão da sociedade para criar o dever de aquisição; o processo de sedução atinge justamente a criação da identidade, demonstrando falsamente modelos de personalidade ligados aos produtos consumidos, ou seja, a aparência funcionando como a demonstração do que se é.
As mercadorias constituem o fundamento da existência do consumo, isto faz com que elas sejam criadas infinitamente, pois serão logo destruídas e substituídas. As imagens moldam o posicionamento social.
Um dos grandes problemas enfrentados consiste em uma grande frustração para aqueles que não conseguem satisfazer todas as necessidades que lhe impõe a publicidade, que cria e sustenta a moda.
Na era nômade a cultura do consumo fazia-se através da troca de mercadorias de acordo com as necessidades orgânicas dos indivíduos, no atual sistema de consumo, as imagens são produtos de primeira necessidade.
Ao consumir bens estamos satisfazendo ao mesmo tempo necessidades materiais e sociais. Os vários grupos sociais identificam-se por suas atitudes, maneiras, jeito de falar e hábitos de consumo – por exemplo – pelas roupas que vestem. Desta forma, os objetos que usamos ou consumimos deixam de ser meros objetos de uso para ser transformar em veículos de informação sobre o tipo de pessoas que somos ou gostamos de ser. (SCHRODER, 1996, p.05)
O progresso humano deixou de lado o desenvolvimento do pensamento; o mito do consumo substitui qualquer interesse, a superioridade humana não parece mais estar no saber, mas no ter.
Cabe a nós combater e limitar os malefícios da desinformação. Os efeitos da cultura de massa já podem ser vistos ao redor do globo. A falta de respeito com as diferenças, a busca pela perfeição, condição humanamente impossível, nos torna cada vez mais, escravos das armadilhas publicitárias, revoluções tecnológicas e tudo mais que é usado para nos afastar da condição de seres críticos, pensantes e diferentes por natureza.
A resposta se encontra nesse mecanismo nocivo, ou seja, a televisão, a publicidade e as empresas responsáveis pela disseminação de padrões poderiam fazer o caminho inverso: o de reeducação das massas, resgate de valores anteriormente esquecidos e a criação de uma consciência coletiva de preservação do meio ambiente.
Como ensinar as crianças sobre os perigos do consumismo, se nós mesmos somos consumistas. Não só o consumista compulsivo, mas também aqueles que são guiados pela mídia. Deixamos de pensar, deixamos de fazer nossas próprias escolhas, seguimos a moda, passamos a ter preguiça até de pensar.
É importante o papel da escola na sensibilização das questões referentes ao mundo da publicidade e do consumo. A publicidade apela para as sensações e as ilusões de que o consumo daquele bem ou serviço modificará positivamente a vida do consumidor. Nesse caso, explora os desejos, gostos, ideias e necessidades, cada vez mais complexas, dos consumidores, em vez de fornecer informações para um consumo consciente e racional.
Diz o Dr. Gabriel Chalita:
A Alma de qualquer instituição de ensino é o professor. Por mais que se invista na equipagem das escolas, em laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas, campos de futebol – sem negar a importância de todo esse instrumental -, tudo isso não se configura mais do que aspectos materiais se comparados ao papel e à importância do professor. (CHALITA, 1997, p.44)
A escola deve atuar no sentido de transformar os meios de comunicação em aliados do processo educativo dos alunos. Deve haver a atenção no processo de alfabetização das crianças. No caso dos jovens, o aprofundamento da análise do texto televisual como a publicidade e a propaganda. Deve-se ensinar a ler criticamente as mensagens publicitárias, desenvolver trabalhos que irão refletir sobre as técnicas e estratégias da mídia. “A formação é um fator fundamental para o professor. Não apenas a graduação universitária ou a pós-graduação, mas a formação continuada, ampla, as atualizações e os aperfeiçoamentos.” (Gabriel Chalita)
Para se manter viva, a escola precisa construir um conhecimento que tenha sentido para os alunos, proporcionando uma formação integral, de valores éticos. É necessária uma educação baseada no consumo consciente. No meio escolar deve haver uma abordagem no sentido de educar para o consumo, mostrar as consequências de uma sociedade consumista.
Desde os primórdios da cultura grega, o professor se encontra em uma posição de importância vital para o amadurecimento da sociedade e a difusão da cultura. As escolas de Sócrates, Platão e Aristóteles demonstram a habilidade que tinham os pensadores para discutir os elementos mais fundamentais da natureza humana. Não perdiam tempo com conteúdos engessados. Discutiam o que era essencial. Sabiam o que era essencial porque viviam da reflexão, e a aula era o resultado de um profundo processo de preparação. (Chalita)
Se a escola conseguir despertar em seus alunos a consciência das estratégias da publicidade e dos meios de comunicação, estará no rumo da formação do cidadão, da defesa da cultura, da educação e do diálogo entre as pessoas.
A responsabilidade social do consumidor consiste, sobretudo, numa consciência crítica perante os abusos gerados pela sociedade de consumo e no reconhecimento não só dos seus direitos como também dos seus deveres. Através de ações de educação, o consumidor é levado a comportar-se como um consumidor esclarecido, recusando o consumismo. Devem-se desenvolver atitudes e comportamentos que tenham em conta o equilíbrio entre as necessidades e os recursos e a consciência crítica enquanto consumidores.
Temos que estar atentos para o consumo consciente. Saber o quê e o porquê comprar, reconectar com a família, com os valores familiares, com a natureza e não se deixar levar pelo consumismo desenfreado, que não aumenta a felicidade de ninguém, ao contrário, dívidas só trazem tristeza e desilusão.

REFERÊNCIAS:
CANCLINI, Nestor Garcia. Consumidores e cidadãos; conflitos multiculturais da globalização. 4ª Ed. Rio de Janeiro: UFRJ, 1999.
CHALITA, Gabriel. A solução está no afeto. Editora Gente.
GOOGLE. Images. Disponível em < http://images.google.com.br >
FREIRE, Paulo: Ética, utopia e educação – Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1999.

ALUNOS: ANTONIA MENDES; CLAUDIRENE CALAZANS; IZABELA SANTOS; JULIANO CAVALCANTI; KARLA SENA e PAULA SERPA.




Nenhum comentário:

Postar um comentário