segunda-feira, 19 de abril de 2010

ORIENTAÇÕES PARA AV1

Disciplina: Fundamentos Antropológicos e Sociológicos da Educação
Prof. Marco Silva

AV1

1. Compor um banco de dados sobre o tema do seu vídeo que deve incluir:

1. Textos de livros;
2. Textos jornalísticos (inclui revistas);
3. Textos da internet;;
4. Vídeos no Youtube, do Videolog, etc;
5. Apresentações no Slideshare;
6. Entrevistas com pessoas do seu cotidiano.

Atenção! Este banco de dados deve ser trazido para sala de aula após a AV1 em data a combinar. Será mostrado para todos em aula. O professor e a monitora irão conferir sua qualidade e fartura.

2. Com base neste banco de dados, cada grupo deve preparar um texto de 2 ou 3 págs. ou mínimo de 10 mil caracteres (sem espaço). Este texto deverá ser uma reflexão do grupo capaz de ampliar o texto síntese já postado no blog. Incluir nesse texto: citações de outros textos, imagens (Google imagens, p. ex), vídeos (o link), etc. Este texto deverá ser trazido para sala no dia da AV1 em CD. Cada grupo traz o seu CD.

3. Cada equipe precisa trabalhar colaborativamente. Todos(as) integrantes de cada grupo devem atuar, co-criar. Não vale ficar de fora da produção e ter o nome incluído na produção do grupo. Em hipótese alguma!!!! Conto com a ética de cada grupo.

A avaliação será baseada na qualidade do texto coletivo a partir das questões:

a) Tencionou o problema destacado no vídeo?
b) Articulou com a temática da cultura?
c) Articulou com a temática da educação?
d) Expressou criatividade colaborativa?
e) O texto é rico em dados pesquisados?


Desejamos um bom trabalho!
Abrs,
Marco e Sheilane

Vídeo 1 - "BOA NOITE"

 Dentre todos os vídeos do Festival do Minuto tivemos a oportunidade de assistir em sala de aula, o que mais me chamou a atenção foi o primeiro apresentado, que tem como título “Boa Noite”. Trata-se de uma crítica ao Jornal Nacional, que traz seus apresentadores dizendo apenas “Boa Noite”, numa seqüência repetitiva e remixada.
A TV comercial aberta exibe praticamente o mesmo conteúdo para todos os lares do nosso país. Ela atinge a todos, sem discriminação, e sob esse aspecto, é um veículo democrático. Ela torna o mundo mais acessível a todos. É um espaço que repercute imagens, valores, formas de procedimento e de condutas, de falas e discursos sociais.De todos os nossos telejornais, o Jornal Nacional é, indiscutivelmente, o de maior audiência. No entanto, esse vídeo nos faz refletir sobre a real postura do telejornal Global. A Rede Globo e a editoria do Jornal Nacional abrem mão de um jornalismo crítico em detrimento de agendar o público para a sua programação adquirida. Ou seja, podemos ver que o telejornal manipula as informações, transmitindo apenas as informações de seu próprio interesse. Este, ao invés de ser um espaço para a construção da razão, permitindo que os telespectadores se apropriem do conhecimento do mundo atual e, assim sendo, possam se posicionar, o Jornal emite informações fragmentadas e padronizadas, em um curto período de tempo.
Nesta transmissão de “cacos e pedaços de informações”, as pessoas só conseguem reter o “Boa noite”, dito ao final de cada programa. Podemos ver que tal ato de fragmentar as informações prejudica a formação cultural, contribuindo à decadência da sociedade, justamente por não permitir que as pessoas construam sua opinião e crítica sobre os assuntos que deveriam ser apresentados, sejam eles do âmbito político ou social do nosso país.
Nesse sentido, podemos pensar nas conseqüências de uma estrutura docente parecida com a do telejornal e na importância de cada professor em transmitir as informações necessárias ao aprendizado do aluno. É papel de cada professor conscientizar seus alunos da atual situação em que nosso país se encontra, ensiná-los a lutar por seus direitos e a não se conformar com a tamanha miséria que afeta o Brasil. Em relação às informações relacionadas à educação e aprendizado dos alunos, é de suma importância que estas sejam transmitidas corretamente, por inteiro. O objetivo do professor tem de ser o de Educar, e não apenas Instruir. Os telejornais, principalmente pela influência que têm sobre a sociedade, precisam trazer à população a reflexão desses assuntos. Caso contrário, as pessoas continuarão alienadas e sem opinião crítica. Simplesmente “conformadas” com a situação do país em que vivem.

Alunos: Joice Fernandes Tuller,  Angélica Pinto e Gilberto Silva

sábado, 17 de abril de 2010

Vídeo 7 - "O PEIDO"

O vídeo “O Peido”, alerta para a decadência da sociedade moderna e a instauração da pós-modernidade, contrastando os costumes clássicos da alta cultura européia com as novas manifestações artísticas, que têm como objetivo mostrar o mundo real e estranho, diferente do mundo perfeito e ideal almejado pela arte clássica e que pode ser percebido no primeiro momento do vídeo.
Essa nova forma de pensar a arte surge a partir de uma inquietação com as miudezas cotidianas, com o estranho e feio do dia a dia. Há um esvaziamento da estética e não mais padrões limitados para representar a realidade; o banal, o sujo, o feio, o cotidiano, viraram matéria-prima na mão do artista. Existe uma apropriação da realidade, trazendo o que é marginal para o centro. O objetivo artístico é trazer à tona as profundas mudanças sociais e culturais, sendo a melhor forma de denunciá-las, esfregar na cara da sociedade a precariedade em que ela se encontra.
A precariedade social se estende a todos os níveis, principalmente à Educação. As instituições de ensino estão em decadência estrutural, com formas ultrapassadas de práticas pedagógicas e estratégias didáticas, professores mal formados e desmotivados, e alunos desinteressados; as relações em sala de aula não são mais pautadas em uma estrutura hierárquica, de respeito. A escola está em condições precárias, com seus espaços físicos deteriorados e inadequados ao ensino e material didático inapropriado. A escola está em ruínas assim como as demais bases de valores que sustentam a sociedade, e é justamente essa a denúncia da arte moderna.
Em um minuto, o curta-metragem se opõe à ordem e à centralização, chamando a atenção para a banalização da realidade. Ele demonstra a ruptura de barreiras e fronteiras e expõe a verdade, mostrando a dicotomia entre o real e o utópico buscado pela manifestação artística clássica.

Alunos: Eduardo de Oliveira, Philipe, Gabriela Pestana e Samantha Tietze.



Vídeo 6 - "QUE TALK" (GRUPO 2)

A partir da exibição em sala de aula de sete vídeos do Festival do Minuto, gostaríamos de apresentar nossa justificativa pela escolha do 6o vídeo, intitulado “Que Talk”, para o desenvolvimento de trabalhos futuros.
A paródia ao programa de entrevistas da jornalista Marília Gabriela, apresentada no vídeo, aponta para uma densa crítica ao confinamento lingüístico da atualidade. Na trama, duas pessoas pertencentes à mesma “tribo” comunicam-se, à primeira vista, muito facilmente. Mas, por trás desta suposta integração, nota-se que os interlocutores estão extremamente limitados à sua própria linguagem, a qual não evolui, tampouco os faz evoluir.
O esvaziamento lingüístico que permeia os mais variados segmentos da sociedade, hoje dividida em verdadeiras tribos - com linguajar, gestual e conduta próprios - acaba gerando, não raras vezes, um discurso esvaziado de sentido. Apesar de bem aceito, tal discurso, infelizmente, quase nunca é passível de crítica.
Não necessariamente, a existência de grupos se constitui em algo ruim para a sociedade. É humano agrupar-se para o desempenho de tarefas, por afinidades variadas ou por laços afetivos. O elemento criticável é a criação de um universo paralelo, que segrega o pensamento e limita as aspirações. Neste sentido, se considerarmos a linguagem como a expressão própria da racionalidade, podemos afirmar que a referida atrofia lingüística conduz a uma atrofia do pensamento. E atrofiado, o ser humano acaba por contentar-se com sua linguagem pobre e, consequentemente, com suas relações intra-tribo. Porque a esta altura, o extra-tribo, tão necessário ao desenvolvimento humano pleno, já terá se tornado, para alguns, inatingível como tentativa e, para outros, impensável como possibilidade.
Transferindo o tema para a sala de aula, é preciso que o profissional da educação sinta-se desafiado a superar essas diversidades tribais. Despindo-se de preconceitos e encarando as dificuldades, o educador deve procurar o caminho da facilitação lingüística, visando à compreensão de todos os alunos. Não deve haver um menosprezo pela linguagem intra-tribo, mas deve-se valorizar, de forma criativa, a língua materna e as diversas outras “linguagens” que transitam pela sociedade. Certamente, o engajamento professor-aluno será decisivo para despertar esta necessária atitude trans-tribal. Enfim, ambos devem compreender que quanto mais confinado em seu universo tribal, mais o ser humano estará excluído do universo social.

Grupo: Marcela Almeida, Miriam Critine Vianna Coelho, Ana Maria Dolianiti, Carol Gomes, Nicole Cavalcante Tavares, Valdir Bispo e  Caroline Gomes da Silva

Vídeo 6 - "QUE TALK'


O vídeo escolhido pelo grupo retrata de maneira bem humorada o empobrecimento lingüístico na fala social. É mostrado dos travestis em uma entrevista em que os personagens se comunicam em uma linguagem própria. Ambos repetem a mesma frase tanto para responder quanto para perguntar: “Uma loucura”, “Uma coisa louca”.
Percebemos que a sociedade se divide em tribos que se expressam através de uma linguagem única. Essa linguagem é falada e perfeitamente entendida por pessoas que fazem parte da mesma tribo, mas não é compreendida por pessoas que fazem parte de outra tribo.
A formação dessas tribos de certa forma junta pessoas que tem o mesmo interesse, que tem a mesma opção sexual, que tem o mesmo gosto e o uso dessa linguagem reforça a identidade de cada tribo, mas também acaba afastando outras pessoas. O uso excessivo dessa linguagem tribal alimenta o empobrecimento lingüístico na fala social.
Essa formação de tribos também é presente dentro da sala de aula, onde grupos também são formados. Alguns acabam até sendo privilegiados, pois utilizam a mesma linguagem do professor, é por essa razão são preferidos do mesmo, e os demais acabam sendo ignorados.
O papel do professor diante disso é derrubar a barreira que impossibilita o entendimento e a aprendizagem entre aluno e professor, sem perder a identidade e sem utilizar o modo específico de comunicação de determinado grupo. Ele precisa fazer com que sua aula seja interessante e motivadora, e que todos independente de sua tribo possam entendê-lo e assim fazer com que haja interatividade.

Grupo: Débora Quintanilha Moço, Isabela Cavalcanti da Silva, Monica E. Souza,Carla Borges de Mello e Luiz Carlos Novaes Júnior

Vídeo 5 - "A ENTREGA'

O motivo da escolha do vídeo está relacionado à abrangência de situações que mostram claramente o autoritarismo das relações de trabalho, a questão racial, pois o boy é negro; a exclusão social, a questão sócio-educacional, e o preconceito sexual, uma vez que a questão homossexual é camuflada para que seu subalterno não a perceba.
Em nossa cultura poderíamos enumerar o vasto número de piadas e termos que mostram como a distinção é algo corrente em nosso cotidiano, a exclusão tem sobrevivido há séculos, com múltiplas razões e aparências, que vão da exclusão racial, à exclusão religiosa, ambas motivando sangrentas e históricas batalhas; da exclusão política à exclusão cultural, fazendo de ideologias, visões de mundo e até da língua, fatores de dominação de uns cidadãos sobre outros; da exclusão dos economicamente menos dotados, em regimes político-econômicos por vezes cruéis, à exclusão de cidadãos portadores de deficiências ou outras formas de desvantagem.
O estudo da interface racismo e educação oferece uma possibilidade de colocar num mesmo cenário o problema entre duas temáticas de inquestionável importância. Ao contemplarmos as relações raciais dentro do espaço escolar, questionamo-nos até que ponto ele está sendo coerente com a sua função social quando se propõe a ser um espaço que preserva a diversidade cultural, responsável pela promoção da equidade.
Na escola, onde a mesma é responsável pelo processo de socialização no qual se estabelecem relações com diferentes núcleos familiares, o educador tem que existir como a figura do mediador, daquele que estimula, ensina e aprende com o aluno. Mas temos a discriminação social de professores que costumam pré-conceituar os alunos, como por exemplo: os alunos que mais acertam, que tiram boas notas são tratados de maneira especial e segregam os que não participam e consequentemente tiram notas ruins.
A orientação educacional é entendida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático, estando integrada e encarando o aluno como um ser global que deve desenvolver-se harmoniosa e equilibradamente em todos os aspectos: intelectual, físico, social, moral, estético, político, educacional e vocacional.


Grupo: Camilla Brum, Flávia B. Silva,Jaqueline C. Almeida e  Lucia Rodrigues

AV1

Vídeo 5 - "A ENTREGA " (Rita)


O motivo pelo qual escolhemos o vídeo 5 foi a questão do autoritarismo e a hierarquia nas relações de trabalho. Essa questão está mais presente na vida do trabalhador do que muitos imaginam. É importante notar que uma vez estabelecida, a hierarquia irá determinar uma percepção para todo universo entre o empregado e o empregador.
O texto aborda outras duas questões importantes, a questão racial e sexual. Essas duas questões foram importantes na minha escolha, são assuntos que me chamaram atenção e me fazem questionar as divisões de classes, o preconceito, o autoritarismo que são derivadas das relações e condições de emprego. São temas interessantes com grande leque de informações e que geram uma discussão sobre a posição do empregado e do empregador na sociedade.




Alunos: Jane, Josylene, Leilany, Lucia Souza e Rita.

Curso: Pedagogia

Vídeo 3 - "BIA BAI"

O vídeo Bia bai expressa de uma maneira marcante o consumismo exagerado. As cenas nos remetem a visão maquiada de que ambos estão felizes por conta de uma mentalidade de que quanto mais se consome mais se tem garantias de bem-estar, de prestígio e de valorização. Há uma inversão de valores, ou seja, as pessoas não são mais vistas como são e sim pelo que elas têm.
Este comportamento é estimulado pela imprensa, cinema, televisão, novas tecnologias e a mídia em geral, características marcantes da globalização. Elas induzem ao consumismo desnecessário, alienado e descartável, onde você passa não só a descartar as coisas, mas também as relações sociais.
O consumismo que é a lógica do capitalismo oferece produtos que te pegam pelos olhos e não pelo pensamento ou pela necessidade.
No setor da Educação não existe mais engajamento, não há preocupação com propostas pedagógicas e é extremamente nocivo o processo de não perduração. A relação não é mais de formação e sim de instrução.
Para vivermos em um mundo melhor precisamos entender o verdadeiro sentido da vida, recuperar os sentimentos como, por exemplo, o amor, a paz, a dignidade, o respeito entre as pessoas, enfim os valores humanos de uma sociedade.

Grupo: Antonia dos Anjos Mendes, Izabela Santos Barreto, Paula Silva Serpa, Carla Sena, Juliano de Andrade Cavalcante e Claudirene Silva.

Vídeo 2 - "O SONHO ACABOU"

Um homem solitário em meio à multidão e aos obstáculos da metrópole. Um sonhador deslocado no tempo e no espaço, sem saber ao certo aonde ir. Um jovem que, diante da impossibilidade de conseguir o que almejava, aceita o que lhe oferecem, sem contestar. Que gente é essa? Que mundo é esse? Que época é essa em que a individualidade ocupa o lugar da indignação diante do sofrimento do outro? Que sociedade é essa que substituiu a inquietação pelo conformismo, pela simples adaptação?
Essas são algumas das questões implícitas no filme “O Sonho Acabou”, incluído no Festival do Minuto, e que nos proporcionam a reflexão acerca do momento histórico que atravessamos. A crise de valores, a ausência de certezas sobre o que é certo e o que é errado, a depressão diante do cotidiano, a falta de perspectiva, de causas por que lutar atingem as mais distintas áreas da sociedade. E com a educação não seria diferente. Vivemos numa dormência apática, sem sonhos, sem ideais. Nosso grito de guerra por estes temas há muito se perdeu. Diferentemente da época em que éramos destemidos, lutávamos por nossos sonhos de liberdade e democracia.
O vídeo retrata um “John Lennon” – ícone de uma geração que sonhou o mundo livre e feliz – desmotivado pela realidade, o que torna possível traçar um paralelo com a situação do educador brasileiro. Antes, valorizado, considerado agente fundamental para mover a máquina da mudança, crítico, engajado nas lutas pela melhoria da qualidade de vida dos brasileiros, exemplo a ser seguido, aquele que agia em favor da coletividade Hoje, relegado ao segundo plano das profissões, mal pago, ameaçado, desvalorizado, violentado, um cidadão à margem da mesma sociedade que, outrora, o fez acreditar que tinha a capacidade de transformar o Brasil e o mundo.
Uma luz fria sobre as revelações feitas pelo filme leva-nos a ver que o sonho acabou não apenas para os professores, mas para todos os que, um dia, acreditaram na educação como meio de desenvolvimento moral, social e profissional. Afinal, como estimular o pensamento crítico, despertar para o “mundo real” – injusto, desigual, sectário – cérebros entorpecidos pelas idéias de poder, sucesso e prazer a qualquer a preço?
Entretanto, já que nos propomos a iniciar esta caminhada, abraçando a causa da educação nessa época de tantos conflitos, devemos parar e olhar mais de perto: a solução sempre será possível enquanto houver iniciativas, ainda que, aparentemente isoladas. Como futuros educadores devemos concentrar forças na busca por novos sonhos, novas formas e ferramentas de transmitir aos alunos e, consequentemente, à sociedade, os verdadeiros valores da educação e da vida. Afinal, como bem definiu o cientista e escritor Augusto Cury, “bons educadores preparam filhos e alunos para aplausos, os educadores brilhantes preparam filhos e alunos para o fracasso”.

Alunos: Ana Paula Oliveira, Carla Cristina, Rosania Rodrigues, Thiago e Walmir.
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AV1
“O Sonho Acabou”

Essa expressão foi proferida por John Lennon em sua musica “God” para anunciar que a Contracultura estava chegando ao fim. Mas o que foi a Contracultura? A Contracultura foi um movimento de caráter social e cultural, surgido nos Estados Unidos, na década de 60, e ganhou força entre os jovens daquela geração. De seus preceitos, destacamos a valorização da natureza, a luta pela paz, o respeito às minorias raciais e culturais, o anticonsumismo, a critica aos meios de comunicação de massa (televisão), a discordância com os princípios do capitalismo e da economia de mercado, dentre outros.
A história nos lembra que, naquela época. a luta organizada era a esperança de realizar o sonho de dias melhores para toda a sociedade.
Hoje, a pergunta que fazemos e que não quer calar é:
Estudar pra que, lecionar pra quê?
Quem decide educar enfrenta desafios diários e, ao que parece, cada vez mais complexos. Se, tempos atrás, as desigualdades sociais, a falta de infraestrutura – escolas distantes dos centros urbanos, mal conservadas, ausência de material básico para as aulas, turmas superlotadas -, as ameaças da criminalidade e os baixo salários eram indicados como os principais obstáculos, agora, também podem ser adicionados aspectos sociológicos e de mudança cultural, como o desinteresse dos alunos pelos estudos, a ausência de participação das famílias no processo de educação de seus filhos, a introdução de recursos tecnológicos que podem, ao invés de auxiliar, interferir no processo de aprendizagem dos alunos.
O sonho de seguir em frente e desenvolver uma carreira exemplar na área da educação é, constantemente, ameaçado por pesadelos da vida real. Outro dia, um amigo da minha família, que foi jovem nos chamados Anos Dourados, comentava que sentia-se feliz por ter vivido sua juventude “numa época em que as pessoas estudavam para vencer na vida; hoje estudam pensando em ganhar a vida”. Um relato que resume a drástica mudança por que passou a educação no Brasil. Afinal, como um professor pode dizer a um jovem, matriculado no ensino público ou privado, que o aprendizado da sala de aula, o convívio no ambiente escolar e seu esforço pessoal vão lhe garantir o sustento mais adiante, no mercado de trabalho?
Identificamos o desabafo de uma estudante de Pedagogia que relata seu calvário como estagiária numa escola da zona norte de São Paulo. Seu depoimento é recheado de criticas ao sistema. As próprias professoras do ensino público, em sua opinião, comportam-se como funcionárias sem compromisso. Para a maioria delas, estar ali representa só uma tarefa burocrática para ganhar o salário no fim do mês. O retrato negativo que a estudante relata sobre seu estagio é reflexo do que acontece hoje nas escolas públicas, o verdadeiro descaso com a educação.
Saímos às ruas e entrevistamos A. de Almeida, 30 anos, formado em Letras Português / Inglês, professor do Sesi. Perguntamos-lhe se o sonho para ele havia acabado. Ele nos confirmou que sim e discorreu uma série de insatisfações tanto sobre salários, quanto sobre as instituições de ensino, alunos etc, e demonstrou-nos comodismo com a situação. Ao ser questionado sobre o motivo de não fazer algo para mudar e de continuar da profissão, disse ser “confortável” não fazer nada e ganhar o salário da rede publica no final do mês, assim lhe garantia “as cervejinhas”.
O livro “As Meninas da Esquina”, da jornalista Eliane Trindade, recém-lançado pela editora Record, é outro exemplo do abismo que separa aqueles que estão à margem da sociedade da educação que, em tese, poderia lhes restituir a dignidade. A obra, que inspirou o filme “Sonhos Roubados”, de Sandra Werneck, reúne os diários de seis adolescentes que sobrevivem da prostituição nas ruas de diferentes cidades brasileiras.
Em vários trechos, as personagens, amparadas por projetos sociais desenvolvidos por ONGs retratam a difícil e instável relação que mantém com as escolas onde estão matriculadas, com os professores e colegas. Todas dizem saber que precisam freqüentar a escola, “para ser alguém na vida”, mas entre a teoria e a pratica sobram desanimo, cansaço, desalento, desinteresse.
As meninas contam episódios que só reforçam a face cruel da educação pública no Brasil: professores que “reclamam de tudo e implicam com a gente”, colegas brigando por causa de drogas, escolas caindo aos pedaços. Uma das personagens relata que duas semanas sem ter aulas porque a escola estava em obras, depois que parte do teto caiu sobre uma aluna. Ela diz saber que professores já haviam “tirado dinheiro do próprio bolso para manter a escola de pé”.
Uma pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV-RJ) sobre a evasão escolar revelou que 40% dos jovens de 15 17 anos deixam de estudar simplesmente porque acreditam que a escola é desinteressante (Fonte: Jornal e Educação – Associação Nacional de Jornais – ANJ). Coordenada pelo economista Marcelo Neri, a pesquisa mostra que, apesar de diversos estudos demonstrarem o impacto da educação na qualidade de vida e na renda dos indivíduos, em 2006, 17,8% da população de 15 a 17 anos que deveriam estar cursando o Ensino Médio, caso não houvesse atraso escolar, estavam fora da escola.
Entre as razões que levaram esses jovens a abandonar os estudos, na comparação entre 2004 e 2006, o desinteresse pela escola caiu de 45,12% para 40,29%, embora ainda seja o principal motivo. Já a necessidade de trabalhar aumentou de 22,75% para 27,09%. Segundo o coordenador da pesquisa, o levantamento mostrou que não basta garantir o acesso ou criar programas de transferência de renda para assegurar que esse jovem permaneça na escola, é preciso torná-la mais atrativa, interessante cativante. O problema da evasão é grave e atinge quase 20% da população de 15 a 17 anos”, ressaltou..
Na opinião do pesquisador, as políticas públicas só terão sucesso se houver a concordância e a participação dos pais e os alunos. É preciso entender as necessidades dos clientes dessas políticas”, explica. Marcelo Neri diz que é importante informar e conscientizar esses jovens sobre os benefícios trazidos pela educação e atraí-los à escola.
Recorremos novamente à Augusto Cury, para quem “a educação não precisa de reforma, mas de uma revolução. A educação do futuro precisa formar pensadores, empreendedores, sonhadores não apenas do mundo em que estamos, mas do mundo que somos”.
Talvez tenhamos de resgatar os ideais da Contracultura e promover uma nova revolução tanto na sociedade, quanto na cultura e na educação do país. Quem sabe, assim, resgatemos nossa esperança de uma vida mais justa?




VÍDEO 1 - "BOA NOITE"


segunda-feira, 12 de abril de 2010

LEMBRETE

Caros alunos,
Nossa AV1 está marcada para dia 03/05/2010.
Em breve enviarei orientações.
abr,
Marco Silva

quinta-feira, 8 de abril de 2010

ATIVIDADE INDIVIDUAL

ATIVIDADE INDIVIDUAL


  1. Justificar em um lauda a escolha do vídeo, articulando os motivos com as argumentações trabalhadas em sala.

  2. Identifique em sua  atividade o título do vídeo escolhido. 

  3. Prazo para entrega: próxima segunda-feira, dia 12/04/2010.