segunda-feira, 14 de junho de 2010

Grupo 5.1 - A ENTREGA - AV2

Introdução

Em nosso texto anterior tencionamos a questão das discriminações em diversos âmbitos, nesse texto iremos discursar sobre as questões culturais e educacionais, falando não só dos efeitos relatados anteriormente, mais também de alguma forma na busca e a direção que indique soluções para problemas que foram identificados.
Para os temas que descrevemos acima, colocamos algumas citações para explicarmos os resultados de nossa busca.

Educação

“A educação passa por vários problemas, como a falta de capacitação dos educadores, de planejamento curricular atualizado, democrático e flexível, de um projeto político-pedagógico eficiente e eficaz que esteja inserido em seu real contexto social e de interação, integração e comprometimento social e econômico de todos os envolvidos na comunidade escolar, que norteiam nossas escolas e que sofrem com a repressão de alguns educadores que não almejam tais mudanças, pois, para que se mude algo, é necessário que modifiquemos nosso pensamento e nossas ações e que aprendamos a aceitar as diferentes opiniões individuais e coletivas”.
(Fonte: www.educacional.com.br/articulistas/outrosEducacao_artigo.asp? artigo=jucelia)

“Na atual estrutura socioeducativa em que está inserida a educação, passamos por uma forte crise de identidade e paradigmas, na qual falamos muito sobre o assunto, mas poucos colocaram em prática. A transformação educacional está descrita nos livros, revistas, na mídia em geral, e tudo é lindo e maravilhoso, mas as ações, as aplicações e as transformações não saem do papel, da criatividade e da oralidade e, quando ocorrem, em número muito reduzido, somente alguns educadores têm condições específicas para colocá-las em prática e conseguem fazer isso”.
(Fonte: www.educacional.com.br/articulistas/outrosEducacao_artigo.asp? artigo=jucelia)

“Sempre fez parte do desafio do magistério administrar adolescentes com hormônios em ebulição e com o desejo natural da idade de desafiar as regras. A diferença é que, hoje, em muitos casos, a relação comercial entre a escola e os pais se sobrepõe à autoridade do professor. "Ouvi em muitas reuniões com coordenadores o lembrete de que os pais e os alunos devem ser tratados como clientes e, como tais, têm sempre razão", diz Lole Gritti de Barros, de 54 anos, professora aposentada. Durante 33 anos ela ministrou aulas de história para alunos da 5ª série em colégios particulares de São Paulo. Em algumas escolas, o temor de desagradar aos pais e perder os alunos acaba se sobrepondo à necessidade de impor ordem na sala de aula. A postura leniente com a disciplina explica-se, em parte, pelo número crescente de carteiras vazias. Em cinco anos foram abertas 2.000 novas instituições particulares de ensino fundamental e médio, enquanto a quantidade de alunos permaneceu inalterada.
(Fonte: Veja Edição 1904. 11 de maio de 2005)

“Sabemos que problemas educacionais ocorrem em varias áreas, como financeiras, culturais, sociais e pedagógicas, mas, para que haja mudança, deve ser feito um levantamento dessas dificuldades por meio de um diagnóstico da realidade e da busca das melhores formas possíveis para a elaboração de um projeto eficiente e eficaz. Com a participação de todos nas ações, podemos concretizar os objetivos para atingir a modificação e transformação desse desequilíbrio que se reflete na evasão escolar, em traumas psicológicos e nos processos pedagógicos educativos. Os processos de avaliação escolar também contribuem para essa crise no sistema educacional, pois a falta de diálogo entre o professor, o aluno, a escola, a família e a comunidade geram distância e falta de comprometimento, e estes se eximem de suas responsabilidades, contribuindo para o desrespeito e as diferenças e gerando a exclusão escolar. O papel do pedagogo é diagnosticar os problemas, buscar as soluções, avaliar as ações e a melhor maneira para solucionar os problemas, nunca desistir diante de conflitos e fracassos e buscar sempre alternativas por meio da troca de experiências”.
(Fonte: www.educacional.com.br/articulistas/outrosEducacao_artigo.asp? artigo=jucelia)

Cultura

“O Conceito antropológico de cultura passa necessariamente pelo dilema da unidade biológica e a grande diversidade cultural da espécie humana. Um dilema que permanece como tema central de numerosas polêmicas e que aponta para a preocupação há muito presente, com a diversidade de modos de comportamento existentes entre os diferentes povos. A cultura estrutura todo um sistema de orientação que tem uma lógica própria. Já foi o tempo em que se admitia existir sistemas culturais lógicos e sistemas culturais pré-lógicos. A coerência de um hábito cultural somente pode ser analisada a partir do sistema a que pertence. Todas as sociedades humanas dispõem de um sistema de classificação para o mundo natural que constitui categorias diversificadas e com características próprias”.
(Fonte: http://pt.shvoong.com/social-sciences/anthropology/1643717-cultura-um-conceito-antropol%C3%B3gico/)

“Os efeitos da cultura de massa já podem ser vistas ao redor do globo. A falta de respeito com as diferenças, a busca pela perfeição, condição humanamente impossível, nos torna casa vez mais escravos de armadilhas publicitárias, revoluções tecnológicas e tudo mais que é usado para nos afastar da condição de seres críticos, pensantes e diferentes por natureza”.
(Fonte: http://photos1.blogger.com/blogger/3100/4021/1600/drop.jpg)

“O princípio da dominação a partir da popularização da cultura de massa é claramente evidenciado através da televisão. Agindo como meio de comunicação predominante, falsamente rotulado como democrático e considerado o maior formador de opinião, a televisão promove e acentua a cada dia o conceito de homogeneização das mais diversas camadas sociais, contribuindo para uma massa acéfala e idiotizada, facilmente manipulável por elites unicamente interessadas em explorar de todas as formas possíveis um mercado consumidor ávido por produtos e necessidades impostas de forma ditatorial e indiscriminada”.
(Fonte: http://photos1.blogger.com/blogger/3100/4021/1600/drop.jpg)

“A cultura dos pobres sofre mais ameaças ainda: a discriminação, a repressão, a incerteza sobre o futuro, a precariedade. Estas ameaças obrigam a repensar a educação em sua profunda busca de construir “pessoas. A cultura como produção de uma comunidade concreta com práticas, valores e códigos. Podemos aprofundar nesta concepção simples, através de uma expressão revitalizada: a cultura popular. As crianças e os adolescentes dos bairros pobres chegam à escola, ao centro de apoio escolar, à creche comunitária, trazendo sua própria cultura. A comunidade, geradora viva desta cultura, demanda, cria condições e dá vida às instituições. Esta cultura penetra nelas, como uma luz que se infiltra inevitavelmente através das aberturas e dá forma aos espaços”.
(fonte: http://www.apc.org/pt-br/blog/crise-na-educacao-ou-construcao-da-educacao-partir)

“Como bem vemos, existe uma diversidade cultural enorme dentro de uma escola, principalmente as publicas e de periferia, uma grande riqueza a partir de poucos metros quadrados, alunos que gostam de RAP, Rock, Sertanejo, POP, Eletrônica, etc., etc, quanto aos desenvolvimentos então, os Nerds nada mais são do que os diferentes, são grupos de cultura própria também, os grupos de domínio dentro das escolas são grupos onde predomina a sua hegemonia cultural, os evangélicos, católicos, etc.…como se vê são muitas nações dentro de uma escola e como conviver com todos estes grupos diferentes no pensamento religioso, na cultura, nível social, “CONSTRUINDO A EDUCAÇÃO A PARTIR DA CULTURA”. Ao contrario do que acontece hoje em dia, quando se continua construindo a cultura a partir da educação e sendo a cultura muitas vezes relegada à zero”.
(Fonte: http://www.apc.org/pt-br/blog/crise-na-educacao-ou-construcao-da-educacao-partir)

“Substituímos a transmutação dos valores por sua comutação, sua transfiguração recíproca por sua indiferença mútua e sua confusão. No fundo, sua transdes valorização. A conjuntura contemporânea de reabilitação de todos os valores e de sua comutação indiferente é a pior de todas. Até mesmo a distinção do útil e do inútil não pode mais ser colocada, devido ao excesso de funcionalidade que leva à sua contaminação – é o fim do valor de uso. O verdadeiro se dilui frente ao mais verdadeiro – é o reinado da simulação. O falso é absorvido pelo demasiado falso para ser falso – é o fim da ilusão estética. E a perda do mal é ainda mais dolorosa que a do bem, a do falso mais doloroso ainda que a do verdadeiro”.
(Fonte: http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/baudrillard.html)

"Não existe uma linguagem que esteja à altura de traduzir o estado atual das coisas".
(Fonte: http: www.frasear.com/web/Citacoes/quotations/quotation.aspx?id=42572)

"Se a coesão da nossa sociedade era mantida outrora pelo imaginário de progresso, ela o é hoje pelo imaginário da catástrofe"
(Fonte: http://www.pensador.info/autor/Jean_Baudrillard/)

"Nunca teria havido ciências humanas nem psicanálise se tivesse sido milagrosamente possível reduzir o homem a comportamentos racionais".

"Ninguém daria o menor apoio, nem teria a menor devoção por uma pessoa real".

“Não há mais grandes líderes para lhe dizer o que fazer e para aliviá-lo da responsabilidade pela consequência de seus atos; no mundo dos indivíduos há apenas outros indivíduos cujo exemplo seguir na condução das tarefas da própria vida, assumindo toda a responsabilidade pelas consequências de ter investido a confiança nesse e não em qualquer outro exemplo.” (Bauman,Zygmunt, 2001,p. 39)[...]

“Essa obra de arte que queremos moldar a partir do estofo quebradiço da vida chama-se “identidade”. Quando falamos de identidade há, no fundo de nossas mentes, uma tênue imagem de harmonia, lógica, consistência: todas as coisas que parecem – para nosso desespero eterno – faltar tanto e tão abominavelmente ao fluxo de nossa experiência. A busca da identidade é a busca incessante de deter ou tornar mais lento o fluxo, de solidificar o fluido, de dar forma ao disforme. Lutamos para negar, ou pelo menos encobrir, a terrível fluidez logo abaixo do fino envoltório da forma; tentamos desviar os olhos de vistas que eles não podem penetrar ou absorver. Mas as identidades, que não tornam o fluxo mais lento e muito menos o detêm, são mais parecidas com crostas que vez por outra endurecem sobre a lava vulcânica e que se fundem e dissolvem novamente antes de ter tempo de esfriar e fixar-se.  (Bauman,Zygmunt, 2001,p.97)

"A oposição entre os turistas e os vagabundos é a maior, a principal divisão da sociedade pós-moderna”, vagabundos "são luas escuras que refletem o brilho de sóis brilhantes; são os restos do mundo que se dedicaram aos serviços dos turistas".
"A pós-modernidade tem sido vista através de um conjunto de posições que são marcadas por uma negação, por uma rejeição ou por uma aceitação da mesma. Essas posições determinam a forma como vai ser encarada a relação entre a pós-modernidade e a educação. Partindo-se de uma posição negadora, é impossível se estabelecer aquela relação, pois a temática da pós-modernidade simplesmente não existe. A partir da rejeição, existe uma relação de oposição, ou seja, a pós-modernidade é algo somente reacionário e cabe à educação criticá-la no sentido de se evitar qualquer apropriação de seus elementos e/ou características no espaço escolar. Já na posição da aceitação, estabelece-se uma relação da pós-modernidade com a educação marcada por um otimismo total e ingênuo, e a relação gira em torno apenas das transformações de ordem técnica associadas ao desenvolvimento das novas tecnologias de informação e comunicação''.

"Para se fazer essa análise, elegeram-se as categorias da flexibilidade, do pluralismo e do consumo. A primeira para caracterizar a economia pós-moderna, a outra para a política pós-moderna e a última para a sociedade-cultura pós-moderna. Cada categoria também foi tomada como um desafio, no qual se procuraram evidenciar, então, as contradições produtivas que podem possibilitar a construção de uma educação pós-moderna crítica, entendendo-se, pela mesma, uma educação cujo olhar é interdisciplinar, e por isso tem como preocupação a formação global do indivíduo, isto é, uma formação para o mercado de trabalho, para a atuação política e para a vida na sociedade-cultura atual. Uma educação que se apropria dos princípios educativos pós-modernos, considerados aqui como a autonomia, a participação (ampliada) e a democracia dialógica, reconhecendo que esses princípios são indispensáveis para o exercício da nova cidadania, que exige um comportamento ativo em todas as esferas e em todos os momentos da vida em condições de pós-modernidade".

"Angústia e melancolia são sintomas do mal-estar da civilização moderna. Na pós-modernidade, condição do capitalismo contemporâneo, as mazelas da alma do ser humano não são diferentes. Pior: são ainda mais latentes, pois hoje a felicidade é um direito. E aparentemente está ao alcance de todos. Não conquistá-la é assumir-se um perdedor diante de um mundo que dá oportunidades para todos que querem ser donos de suas vidas".
Sentimento líquido
"É à luz desta condição que o filósofo e cientista político polonês Zygmunt Bauman escreve seus livros sobre comunidade, política, cultura, identidade e sentimentos líquidos. Bauman crê num mundo que destrói as principais instituições capazes de acolher o indivíduo em situações de sucesso ou fracasso".
Fonte:(http://www.colheradacultural.com.b%20por/)

"Numa sociedade líquido-moderna, as realizações individuais não podem solidificar-se em posses permanentes porque, em um piscar de olhos, os ativos se transformam em passivos, e as capacidades, em incapacidades. As condições de ação e as estratégias de reação envelhecem rapidamente e se tornam obsoletas antes de os atores terem uma chance de aprendê-las efetivamente". (pág.7)
Fonte: (http://blogdafaculdade.blogspot.com)

Conclusão:

A sociedade atual encontra-se em profunda crise, no qual somos remetidos a repensar nossos valores e atitudes. Nesse contexto incerto, o papel do profissional de educação precisa ser repensado. Como educadores engajados em um processo de transformação cultural e social são fundamentais que esses profissionais acreditem na educação, mesmo não tendo uma visão ingênua, acreditando, que essa sozinha possa transformar uma sociedade em que esta inserida e acreditem que sem ela nenhuma transformação profunda será realizada. O professor numa prática transformadora tem como objetivo principal valorizar a linguagem e a cultura do seu aluno, criando condições para que cada um deles analise seu contexto e produza.
Qualquer sociedade ou sistema que não investir na Educação e, permanece sempre divulgando os baixos índices, as estatísticas ou os indicadores. Que na verdade são importantes para analisar o processo educacional e seus resultados desagradáveis. A crise não está somente no tipo de sistema educacional, mas no sistema político ou ideológico. É evidente, se o atual sistema permanecer do jeito que está, os resultados ou tendência é piorar a qualidade do ensino desde o básico até ao ensino fundamental, médio e universitário. E o perfil social e econômico do povo é o resultado de uma cultura condicionada a uma sociedade que impõe suas regras e determinam seus próprios valores, não valorizando a coisa pública e sim a dominação de uma classe sobre a outra, permitindo a diferença social persuadido pelo Estado, garantindo a poucos um ensino de qualidade à pesquisa científica. As consequências sociais, econômicas e culturais da crise de nosso sistema educacional são muito graves, em especial se considerarmos o que ocorre no restante do mundo.
Como vimos, vários estudiosos, como Zigmunt Bauman e Jean Baudrilard, destacam que as características da cultura pós-moderna na sociedade, trata-se de uma característica de consumo, que limita o indivíduo à condição de consumidor. Os efeitos destas ações são as formas referentes ao consumo, estão relacionadas com os meios de comunicação, com a expansão das novas tecnologias e com as industrias de informação, que buscam ampliar uma mentalidade consumista.

Alunos: Jane, Josylene, Leilany, Lucia Souza e Rita.
Curso: Pedagogia





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