sábado, 17 de abril de 2010

Vídeo 7 - "O PEIDO"

O vídeo “O Peido”, alerta para a decadência da sociedade moderna e a instauração da pós-modernidade, contrastando os costumes clássicos da alta cultura européia com as novas manifestações artísticas, que têm como objetivo mostrar o mundo real e estranho, diferente do mundo perfeito e ideal almejado pela arte clássica e que pode ser percebido no primeiro momento do vídeo.
Essa nova forma de pensar a arte surge a partir de uma inquietação com as miudezas cotidianas, com o estranho e feio do dia a dia. Há um esvaziamento da estética e não mais padrões limitados para representar a realidade; o banal, o sujo, o feio, o cotidiano, viraram matéria-prima na mão do artista. Existe uma apropriação da realidade, trazendo o que é marginal para o centro. O objetivo artístico é trazer à tona as profundas mudanças sociais e culturais, sendo a melhor forma de denunciá-las, esfregar na cara da sociedade a precariedade em que ela se encontra.
A precariedade social se estende a todos os níveis, principalmente à Educação. As instituições de ensino estão em decadência estrutural, com formas ultrapassadas de práticas pedagógicas e estratégias didáticas, professores mal formados e desmotivados, e alunos desinteressados; as relações em sala de aula não são mais pautadas em uma estrutura hierárquica, de respeito. A escola está em condições precárias, com seus espaços físicos deteriorados e inadequados ao ensino e material didático inapropriado. A escola está em ruínas assim como as demais bases de valores que sustentam a sociedade, e é justamente essa a denúncia da arte moderna.
Em um minuto, o curta-metragem se opõe à ordem e à centralização, chamando a atenção para a banalização da realidade. Ele demonstra a ruptura de barreiras e fronteiras e expõe a verdade, mostrando a dicotomia entre o real e o utópico buscado pela manifestação artística clássica.

Alunos: Eduardo de Oliveira, Philipe, Gabriela Pestana e Samantha Tietze.



AV1

O vídeo “O Peido” contrasta modernidade e pós-modernidade. Alerta para a decadência da sociedade moderna e a instauração da pós-modernidade, contrapondo os costumes clássicos da alta cultura europeia com as novas manifestações artísticas, que têm como objetivo mostrar o mundo real e estranho, diferente do mundo perfeito e utópico representado pela arte clássica. O peido, conforme apresentado no vídeo, rompe padrões esperados de comportamento.

Essa nova forma de pensar a arte surge a partir de uma inquietação com as miudezas cotidianas, com o estranho e feio do dia-a-dia. Existe uma aproximação com o que está diante de nossos olhos e cria-se um movimento onde aquilo que era marginalizado no passado, hoje é trazido ao centro, e é justamente esse descentramento da arte que abre caminho para novos espaços de contestação, causando uma importantíssima mudança na alta cultura das relações culturais populares. Com isso, há um esvaziamento da estética e não existem mais padrões limitados para representar a realidade. O banal, o sujo, o feio, o cotidiano, o que está nas ruas, viram matéria-prima na mão do artista.

Conforme Hall (2009), a distinção entre erudito e popular é precisamente o que o pós-moderno global está deslocando. Sendo assim, a arte abandona museus, galerias e teatros e é lançada às ruas com outra linguagem, assimilável pela massa, onde passa a dar valor à arte “banal” cotidiana. É a “desestetização” da arte clássica; ela abandona a beleza, a forma, o valor ao supremo e eterno e ataca a própria definição, utilizando matérias do cotidiano e abandonando os convencionais.

A sociedade industrial descende da máquina, de artigos de série padronizados, caminha rumo ao progresso, aos passos do projeto iluminista da modernidade, ao desenvolvimento material e moral do homem pelo conhecimento. Seus valores e instituições são delineados e sólidos: família, trabalho, escola, igreja, política.

O pós-modernismo é eclético, mistura várias tendências e estilos sob o mesmo nome, ele é aberto, plural, flutua no que não se pode decidir. Há um bombardeio maciço e aleatório de informações parcelares, que nunca formam um todo, e com importantes efeitos culturais, sociais e políticos, pois a vida no ambiente pós-moderno é um show constante. Ele faz o modernismo estar presente nas ruas, nos bares, na mídia de massa, na roupa colorida, nos cabelos new-wave, nos cintos metaleiros, no “punk rock”, nos travestis.

O objetivo artístico é trazer à tona as profundas mudanças sociais e culturais, sendo a melhor forma de denunciá-las, esfregar na cara da sociedade a precariedade em que ela se encontra. Há nessa nova cultura, uma ruptura de barreiras e fronteiras, uma oposição ao clássico, à ordem, ao progresso, à verdade, à centralização, à referencialização e tantos outros valores gerados pelo sonho iluminista.

A precariedade se estende a todos os níveis e pilares sociais, principalmente à Educação. As instituições de ensino estão em decadência estrutural, com formas ultrapassadas de práticas pedagógicas e estratégias didáticas. Professores mal formados e desmotivados e alunos desinteressados. As relações em sala de aula não são mais pautadas em uma estrutura hierárquica, de respeito. A escola está em condições precárias, com seus espaços físicos deteriorados e inadequados ao ensino e material didático inapropriado. Ela está em ruínas, assim como os demais pilares sociais. É justamente essa a denúncia da arte contemporânea.

Para fazer arte atualmente não é mais necessário obedecer a um modelo ou técnica, assim como não são mais necessárias as melhores tintas e os materiais mais caros e sofisticados. Muitas vezes, a arte plástica parte de imagens despercebidas no cotidiano (uma criança no sinal, um chiclete cuspido) para formar composições que permitem que o fruidor questione aquilo que era banalizado. Questionar, então, é desbanalizar o banal.

No mesmo entendimento, o professor não precisa usar uma linguagem rebuscada, materiais sofisticados e ser a única voz e detentor da verdade universal dentro da sala de aula, pois isso o torna um simples transmissor de informações, um simples modelo a ser seguido, como um quadro emoldurado.

Hoje esse professor, assim como o artista, deve pensar fora da caixa, sair da moldura e utilizar também materiais e fragmentos de uma realidade banal (cenas urbanas, cenas domésticas) para se aproximar do universo do aluno e convidá-lo a participar, ser co-autor do conhecimento produzido dentro de sala.

Em outras palavras, o docente deve estar posicionado em um lugar que convide à interlocução dos diferentes, dos contrários ou dos antagônicos. Algo que é saudável tanto para os alunos e principiantes quanto para os profissionais da educação. Não importa de que lado estejamos, importa que estejamos abertos ao diálogo e à reflexão.

O modelo clássico de ensino, ou seja, a simples transmissão de informação para a recepção, não gera conhecimento, e sim, um embotamento do ato de pensar, que deveria ser o grande fio condutor da escola e das práticas pedagógicas, para assim promover uma educação não comprometida com o chamado “pensamento único” e, sim, uma educação que favoreça o debate.

A escola deve educar para o pensar, democratizar o pensamento e evitar entrar no território do pensar para impedir o pensar.

Vivemos, então, o pós-modernismo. Ele encarna vários estilos de vida e de filosofia, com a ausência de valores, mas por outro lado, tem a participação do público, é de fácil compreensão e vivencia o real, o presente, o aqui e o agora.





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