sábado, 17 de abril de 2010

Vídeo 5 - "A ENTREGA'

O motivo da escolha do vídeo está relacionado à abrangência de situações que mostram claramente o autoritarismo das relações de trabalho, a questão racial, pois o boy é negro; a exclusão social, a questão sócio-educacional, e o preconceito sexual, uma vez que a questão homossexual é camuflada para que seu subalterno não a perceba.
Em nossa cultura poderíamos enumerar o vasto número de piadas e termos que mostram como a distinção é algo corrente em nosso cotidiano, a exclusão tem sobrevivido há séculos, com múltiplas razões e aparências, que vão da exclusão racial, à exclusão religiosa, ambas motivando sangrentas e históricas batalhas; da exclusão política à exclusão cultural, fazendo de ideologias, visões de mundo e até da língua, fatores de dominação de uns cidadãos sobre outros; da exclusão dos economicamente menos dotados, em regimes político-econômicos por vezes cruéis, à exclusão de cidadãos portadores de deficiências ou outras formas de desvantagem.
O estudo da interface racismo e educação oferece uma possibilidade de colocar num mesmo cenário o problema entre duas temáticas de inquestionável importância. Ao contemplarmos as relações raciais dentro do espaço escolar, questionamo-nos até que ponto ele está sendo coerente com a sua função social quando se propõe a ser um espaço que preserva a diversidade cultural, responsável pela promoção da equidade.
Na escola, onde a mesma é responsável pelo processo de socialização no qual se estabelecem relações com diferentes núcleos familiares, o educador tem que existir como a figura do mediador, daquele que estimula, ensina e aprende com o aluno. Mas temos a discriminação social de professores que costumam pré-conceituar os alunos, como por exemplo: os alunos que mais acertam, que tiram boas notas são tratados de maneira especial e segregam os que não participam e consequentemente tiram notas ruins.
A orientação educacional é entendida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático, estando integrada e encarando o aluno como um ser global que deve desenvolver-se harmoniosa e equilibradamente em todos os aspectos: intelectual, físico, social, moral, estético, político, educacional e vocacional.


Grupo: Camilla Brum, Flávia B. Silva,Jaqueline C. Almeida e  Lucia Rodrigues

AV1

O motivo da escolha do vídeo está relacionado à abrangência de situações que mostram claramente o autoritarismo das relações de trabalho, a questão racial, pois o boy é negro; a exclusão social, a questão sócio-educacional, e o preconceito sexual, uma vez que a questão homossexual é camuflada para que seu subalterno não a perceba.

De acordo com a matéria feita por Waléria Menezes no site da fundação Joaquim Nabuco onde ela diz :" A sociedade brasileira caracteriza-se por uma pluralidade étnica, sendo esta produto de um processo histórico que inseriu num mesmo cenário três grupos distintos: portugueses, índios e negros de origem africana. Esse contato favoreceu o intercurso dessas culturas, levando à construção de um país inegavelmente miscigenado, multifacetado, ou seja, uma unicidade marcada pelo antagonismo e pela imprevisibilidade.
A escola é responsável pelo processo de socialização infantil no qual se estabelecem relações com crianças de diferentes núcleos familiares. Esse contato diversificado poderá fazer da escola o primeiro espaço de vivência das tensões raciais. A relação estabelecida entre crianças brancas e negras numa sala de aula pode acontecer de modo tenso, ou seja, segregando, excluindo, possibilitando que a criança negra adote em alguns momentos uma postura introvertida, por medo de ser rejeitada ou ridicularizada pelo seu grupo social. O discurso do opressor pode ser incorporado por algumas crianças de modo maciço, passando então a se reconhecer dentro dele: "feia, preta, fedorenta, cabelo duro", iniciando o processo de desvalorização de seus atributos individuais, que interferem na construção da sua identidade de criança.

Preconceito racial: o desencontro da alteridade

"...Quando te encarei frente a frente, não vi o meu rosto; chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto; é que Narciso acha feio o que não é espelho... "

Caetano Veloso

O desejo de iniciar o texto com o mito de Narciso partiu do pressuposto de que ele poderia servir como um referencial ilustrativo que demonstra a origem das dificuldades encontradas nos grupos. Ao observar a descrição do mito, percebemos que talvez o grande descuido de Narciso tenha sido o não-conhecimento, confundindo a sua imagem com a do outro e indo ao seu encontro em um mergulho profundo que resultou em sua própria morte. Assim como Narciso, muitas vezes nos apaixonamos pelo que é nosso, e ao olhar para o outro buscamos o que nos é familiar; e quando não encontramos a nossa imagem refletida, percebemos a diferença como a própria manifestação do "mau gosto", podendo então ser repudiada, discriminada ou até mesmo odiada.

A representação da escola

Em todos os grupos humanos, é possível observar a utilização de meios pedagógicos como forma de transmissão do saber, por meio dos quais os sujeitos compartilham conhecimentos, símbolos e valores. Em sociedades "modernas", criou-se uma sistematização desse saber, nas quais mediante modelos formais e centralizados as informações são transmitidas. Acreditava-se que essa seria a forma viável de adquirir polidez e desenvolver um conhecimento mais especializado.
Esse locus de conhecimento foi denominado Escola, constituindo-se num sistema aberto que passou a fazer parte da superestrutura social formada por diversas instituições como: família, igreja, meios de comunicação. O sistema escolar é organizado para cumprir uma função social que, em geral, está de acordo com as demandas sociais."http://www.fundaj.gov.br/tpd/147.html
Encontramos no site do youtube um vídeo que retrata com clareza a questão do preconceito. http://www.youtube. com/watch? v=ifoYlBEzGOI
"Alias, branco no Brasil é difícil, poque no Brasil somos todos mestiços" (Trecho da música de Gabriel Pensador, Racismo é burrice)."
Ainda em nossas pesquisas conversamos com um portador do vírus HIV, que nos deu o seu depoimento, vamos preservar sua identidade e chama-lo aqui pelo pseudônimo Hiran:

"História de preconceito:

Em 2008, entrei para a faculdade para fazer o curso de história, cheguei a terminar o 2º período, mas não dei continuidade ao curso , por ter passado um momento de muita mágoa e constrangimento.
Eu já havia passado em minha vida muitas situações difíceis com o HIV, mas com os anos fui me habituando com as pessoas e com a doença, Achei que que o mundo havia se preparado para tal . Então decidi que chegava a hora de retomar minha vida e realizar sonhos outrora destruídos, entrei para a faculdade.
Foi a maior alegria da minha vida, poder dividir conhecimentos, aprender com professores e colegas, todos me tratavam super bem, abraçavam, brincavam e me beijavam .Um dia eu fiz um comentário sobre minha vida com um colega, que estava assustado por ter tido relações sem proteção. Contei Também da dádiva que ganhei de Deus, fui pai de uma criança linda que é soro negativa e a mãe também não se contaminou*, ele ficou chocado e o fuxico se espalhou, pronto começou o meu martírio.
Se eu sentava numa carteira, ninguém mais sentava nela, as pessoas marcavam as carteiras que eu usava, passei a perceber isso e para não assustar minha turma passei a usar uma única carteira na sala, aliás ela sempre estava vazia me esperando, ninguém mais me abraçava como antes, eu podia contar nos dedos aqueles que não tinham preconceitos, que eram pouquíssimos, quando eu ia ao banheiro, começavam os rumores: será que ele sentou no vaso?
Mas o pior ainda estava por vir, quando ouvi o coordenador do curso falar que ele não se sentiria bem em ter na escola dele um professor com o vírus do HIV. Que isso poderia atrapalhar o andamento e o relacionamento com o restante do corpo docente......
Foi aí que ví que nada nesse mundo havia mudado e que meu sonho continuava destruído...............

* O contato na relação sexual aconteceu com o rompimento do condon"

"A Orientação Educacional é entendida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático, estando integrada em todo o currículo escolar sempre encarando o aluno como um ser global que deve desenvolver-se harmoniosa e equilibradamente em todos os aspectos: intelectual, físico, social, moral, estético, político, educacional e vocacional."http://www.procampus.com.br/ensino_orientacao_atribuicoes.asp

Ao estudarmos todo o material pesquisado percebemos a importância do educador. A questão racial, sócio - educacional, o preconceito sexual e a exclusão social estão cada vez mais presentes em nosso cotidiano, não somente nas saulas de aulas como também no mundo que nos cerca. Como futuros educadores devemos compreender a importância dessas questões, pois na maioria das vezes o preconceito é visto como algo "normal", como se estivesse inserido na nossa cultura. Mas a verdade é que somos todos iguais, não importa a nossa cor, a nossa situação financeira, nem tão pouco a nossa opção sexual, o que nos difere é a maneira de como olhamos o outro, de como lidamos e aceitamos as suas diferenças. Nas nossas pesquisas, nos deparamos com questões sociais, raciais que chocam. Estamos diante de uma sociedade que exclui os diferentes para ela, diferentes porque não são iguais aos rotulados ricos, brancos, formados, bem empregados, heterosexuais, etc. A diferença está na chance que não tiveram para ter acesso a educação, ao trabalho e até serem vistos e respeitados como pessoas normais. Precisamos de uma sociedade igualitária, de escolas compromissadas em ser o espaço cultural de integração e transformações sociais porque a grande mudança acontece com a educação em igualdade para todos





5 comentários:

  1. Este texto tb captou bem a proposta de trabalho feita ao grupo. Porém, tb traz inclusões de fragmentos de textos de outros autores sem a devida citação, o que configura plágio. Por que não usou aspas e citou p ex. o texto O PRECONCEITO RACIAL E SUAS REPERCUSSÕES NA INSTITUIÇÃO ESCOLA de Waléria Menezes ???
    Abrs, Marco

    ResponderExcluir
  2. Professor, de maneira alguma o grupo cogitou plagiar texto algum, erramos sim, mas por não termos colocados aspas... Fizemos várias pesquisas de muitos textos, alguns nem citamos aqui, mas todo material se encontra em nosso banco de dados. O texto de Waléria Menezes foi citado logo no segundo parágrafo, como não estamos habituados em trabalhar desta maneira, erramos, mas isso não configura plágio. espero que que nos compreenda.
    Jaqueline.

    ResponderExcluir
  3. Professor, consta no nosso banco de dados a fonte da nossa pesquisa. Nosso grupo trabalhou de forma integrada e com base no que foi pesquisado. A falta de experiência levou-nos ao erro, mas isso não quer dizer que estamos cometendo plágio. Nosso grupo é capaz e criativo e vamos corrigir o erro. Espero que nos entenda e nos ajude a em nossas tarefas.
    Flávia

    ResponderExcluir
  4. Professor, em nenhum momento tivemos a intenção de plagiar, tanto que o nome de Waléria Menezes, aparece citado logo no início. Todas nós revisamos e não reparamos a falta de aspas em algum fechamento do texto, talvez por não termos experiência em como fazer uma citação, mas não plagiamos. Estamos refazendo o texto e contamos com a sua compreensão.

    ResponderExcluir
  5. Olá,encontrei este vídeo sobre discriminação,vejam o que acham.http://video.earthvista.com/video/w5KekB2x7uA/Turma-da-Mônica-e-Os-Azuis.html
    Mônica

    ResponderExcluir