segunda-feira, 19 de abril de 2010

Vídeo 1 - "BOA NOITE"

 Dentre todos os vídeos do Festival do Minuto tivemos a oportunidade de assistir em sala de aula, o que mais me chamou a atenção foi o primeiro apresentado, que tem como título “Boa Noite”. Trata-se de uma crítica ao Jornal Nacional, que traz seus apresentadores dizendo apenas “Boa Noite”, numa seqüência repetitiva e remixada.
A TV comercial aberta exibe praticamente o mesmo conteúdo para todos os lares do nosso país. Ela atinge a todos, sem discriminação, e sob esse aspecto, é um veículo democrático. Ela torna o mundo mais acessível a todos. É um espaço que repercute imagens, valores, formas de procedimento e de condutas, de falas e discursos sociais.De todos os nossos telejornais, o Jornal Nacional é, indiscutivelmente, o de maior audiência. No entanto, esse vídeo nos faz refletir sobre a real postura do telejornal Global. A Rede Globo e a editoria do Jornal Nacional abrem mão de um jornalismo crítico em detrimento de agendar o público para a sua programação adquirida. Ou seja, podemos ver que o telejornal manipula as informações, transmitindo apenas as informações de seu próprio interesse. Este, ao invés de ser um espaço para a construção da razão, permitindo que os telespectadores se apropriem do conhecimento do mundo atual e, assim sendo, possam se posicionar, o Jornal emite informações fragmentadas e padronizadas, em um curto período de tempo.
Nesta transmissão de “cacos e pedaços de informações”, as pessoas só conseguem reter o “Boa noite”, dito ao final de cada programa. Podemos ver que tal ato de fragmentar as informações prejudica a formação cultural, contribuindo à decadência da sociedade, justamente por não permitir que as pessoas construam sua opinião e crítica sobre os assuntos que deveriam ser apresentados, sejam eles do âmbito político ou social do nosso país.
Nesse sentido, podemos pensar nas conseqüências de uma estrutura docente parecida com a do telejornal e na importância de cada professor em transmitir as informações necessárias ao aprendizado do aluno. É papel de cada professor conscientizar seus alunos da atual situação em que nosso país se encontra, ensiná-los a lutar por seus direitos e a não se conformar com a tamanha miséria que afeta o Brasil. Em relação às informações relacionadas à educação e aprendizado dos alunos, é de suma importância que estas sejam transmitidas corretamente, por inteiro. O objetivo do professor tem de ser o de Educar, e não apenas Instruir. Os telejornais, principalmente pela influência que têm sobre a sociedade, precisam trazer à população a reflexão desses assuntos. Caso contrário, as pessoas continuarão alienadas e sem opinião crítica. Simplesmente “conformadas” com a situação do país em que vivem.

Alunos: Joice Fernandes Tuller,  Angélica Pinto e Gilberto Silva


AV1

Introdução
O vídeo “Boa Noite” faz uma crítica aos telejornais pelas suas repetições de notícias fragmentadas e padronizadas destacando o próprio interesse dos emissores, sem deixar espaço para debater os assuntos transmitidos. Não se preocupam com a nossa reflexão, principalmente por haver um descontrole de informações que garantem que o público fique atento sem se distrair com outras atividades.
A maior técnica usada pelos telejornais é a emoção que segura o telespectador, principalmente quando o apresentador se envolve com os problemas da população.
O tema do presente estudo é a qualidade do jornalismo exibido pela televisão que vem sendo constante objeto de críticas. Onde só se transmite e não há interação. O que mais vemos nos telejornais de hoje em dia é a violência que já é tão presente no cotidiano da sociedade e uma linguagem apelativa, além das fofocas que não cabem a um telejornal transmitir.
Através de inúmeras pesquisas podemos tirar a conclusão de que “muitas vezes o conteúdo dos telejornais deixa de ser informativo para ser “formativo”. Ao misturar-se com o discurso indignado do apresentador a informação perde a sua essência e transforma-se tão somente em veículo para a crítica direcionada perdendo a sua função essencial de informar.” (Ana Carolina Rocha Pessoa, 2003/2004)
Com todas essas informações fragmentadas e corridas que não dão espaço a nossa reflexão, temos uma grande contribuição à naturalização da precariedade onde professores não sabem falar, livros cada vez mais precários e alunos cada vez menos participativos e uma contribuição para uma educação precária, criando cada vez mais pessoas sem objetivos de vida e sem consciência política, deixando-nos órfãos de políticos conscientes e competentes. O que vamos desenvolver aqui é a seguinte questão: Será que os jornais estão preocupados mesmo com a nossa formação de opinião assim como diz o artista plástico Hélio Oiticica (1964) em uma de suas frases sobre suas obras que diz: “o objetivo é dar ao público a chance de deixar de ser público expectador, de fora, para participante na atividade criadora”, ou as emissoras estão em uma briga constante com concorrentes atrás de ibope?

Desenvolvimento

Saber o que está acontecendo, ter acesso às notícias e às novidades é uma necessidade humana. De um modo geral às informações, o saber é uma necessidade social, uma vez que viver em sociedade é estar em contato com pessoas, notícias, casos, acontecimentos, dramas públicos ou pessoais. Vivemos em um período em que a comunicação chega a todos os lugares levando todas as informações do mundo, porém é como essa informação chegará que fará a diferença. O que mais preocupa é a falta de priorização dos interesses da comunidade e a maneira que a mídia vai moldando a vida diária e influenciando comportamentos e construções de identidades.
Os telejornais são muitas vezes moldados por visões fictícias de uma sociedade cada vez mais dominada pela mídia e pela informação. Por este motivo, os modelos críticos ideais seriam: reconhecer a força da emissão, mas também certa liberdade na recepção.
A mídia é um conjunto de meios de comunicação que visa informar e formar opinião junto à população. Em geral, esses meios de comunicação se organizam em grandes empresas comerciais como a Rede Globo, com um conglomerado de filiais pelo país que rezam em uma mesma cartilha e irradiam sua ideologia pelo resto do país. Essa ideologia é difundida através dos telejornais de maneira geral. A mídia usa e manipula a cultura popular a favor de seus interesses, forma e deforma a opinião pública, às vezes, encobrindo a realidade com nuances da ficção ou manipulando a informação.
Segundo o texto Império do telejornalismo de Laerte Lanza(2007) sobre o Jornal Nacional, “a primeira emissora brasileira a se destacar no ramo jornalístico foi a TV Globo, que buscou tecnologia e aprimoramento profissionalizante com os Estados Unidos, tornando-se assim um modelo norte-americano de fazer jornal.
A rede Globo desde o início até os tempos mais modernos, tenta atrair seu público pelo charme e pela aparência de seus apresentadores, que copiaram também o padrão adquirido pelos norte-americanos devido sua influência tele jornalística.
Essa emissora tentava e ainda tenta cultivar seus adeptos pela maneira de fazer jornal da seguinte forma: através da linguagem clara, enquadramento dos apresentadores, vinhetas de aberturas atraentes, roupas dos apresentadores elegantes, links e principalmente através das reportagens de maior repercussão nacional. Mas com o passar do tempo o prestígio deste telejornal foi caindo no cotidiano, perdendo cada vez mais audiência devido a profissionais incapazes de reinventar uma nova forma de atrair seu público em geral, dando assim espaço a novos telejornais, que inovaram a forma do telejornalismo, concedendo credibilidade às pessoas, fato esquecido pelo telejornalismo da Rede Globo.”
A proposta do telejornalismo é passar a realidade da sociedade, porém priorizam um lado, e desfavorecem outros, e muitas vezes deixam de colaborar com o verdadeiro interesse da população. Apelam para notícias que influenciam a violência e não colocam matérias que influenciem o crescimento moral de cada cidadão.
A linguagem fragmentada dos telejornais é uma confusão, pois os assuntos são colocados resumidamente e em uma velocidade que não dá para refletir, até porque as matérias são passadas em um espaço muito curto. Geralmente a maioria dos assuntos são violência e fofocas, “prendendo” assim a atenção do telespectador.
Tudo é válido para aumentar a audiência, subir os números do ibope. Isso pode fazer com que a qualidade dos programas apresentados pelas redes de TV fique comprometida. A televisão exerce uma importante função na sociedade brasileira, por isso a importância em estudar e avaliar seu desempenho e de seus programas.
Segundo Vera Lúcia Sommer (2004), “o sensacionalismo é uma das formas de se tratar a informação, visando chamar um grande público para o consumo de seu produto.” O escândalo vende.
São poucos os telejornais que mostram os problemas indicando possíveis soluções, e os que mostram matérias que possibilitem conteúdos e tempo para raciocinar.
O sensacionalismo em alta provoca uma deformação da realidade, deixando com que as crianças e os jovens cresçam sem estímulos e sem vontade nenhuma de lutar por seus ideais. Crescem com medo e sem perspectiva de vida. Então tudo o que eles assistem na TV são exemplos para a vida deles. E como a violência está mais em vigor, os exemplos acabam não sendo os melhores.
Por serem prioridades das emissoras, ou se não o carro chefe das emissoras, os telejornais acabam chamando a atenção de toda a população, passando a ser prioridade também ao receptor e por a maioria ter mais acesso as TVs, do que a qualquer outro tipo de jornalismo, a sociedade fica alienada, confiando plenamente no que se diz e não buscando entender os acontecimentos.É ai que entra a grande dificuldade e a grande responsabilidade da escola em assumir o papel de interlocutora entre crianças e jovens e a TV em busca da interatividade.
Mas também esse perfil do telejornal de ser sempre o falante e nunca o ouvinte vem sendo inserido nas escolas em relação aos professores e seus alunos. O professor não estimula a participação dos alunos porque não quer ter que falar mais além, havendo assim uma falta de interação onde nem um e nem o outro aprende. Se não houver troca de informações a educação se torna precária. Havendo interação, haverá um excelente meio de promover o aprendizado
O professor não deve deixar de assumir sua responsabilidade. Ao contrário, é o seu papel ser o mediador entre as notícias, os alunos e a aprendizagem. Onde um colabore sempre com o outro.
A escola, como instituição formal de educação, não deve deixar de lado a realidade retratada diante da televisão, e sim, colaborar para formação de cidadãos críticos e receptores de informação preparados para questionar e discernir os fatos.

Referências:

* Reportagem: Ana Claudia Esquisato* Reportagem: Ana Mascia Lagôa
* Livro: Jornal Nacional - Modo de Fazer
* novaescola@atleitor.com.br
* http://www.versoereverso.unisinos.br/index.php?e=4&s=9&a=36
* www.slideshare.net/dinamizador/influencia-da-tv-rdio-e-internet
* http://www.piratininga.org.br/entrevistas/veronicarezende-jun2004.html
* http://www.scribd.com/doc/3900972/Os-desafios-do-telejornalismo-local

VÍDEOS SOBRE EDUCAÇÃO









4 comentários:

  1. Este grupo captou corretamente a proposta de análise do vídeo e tratou bem o tema em seu texto. Claro, há necessidade de melhorias sempre, uma vez que o conhecimento é provisório, é vivo. A classe inteira está convidada a sugerir melhorias, a partir de discordâncias e críticas. E a equipe "Boa Noite" tem a oportunidade de aprofundar sua reflexão até a AV2. O trabalho continua...

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  2. Reparo, após fazer o comentário anterior, repetições de textos lidos. Alerto para a necessidade de sermos originais em nossos textos. Quando quiser colar texto de alguem, cite. E quando não quiser usar aspas, faça paráfrase. Apenas colar fragmentos de outrem em nossos textos sem citar é plágio. Peço ao grupo que cuide disso e assim qualifique efetivamente o seu texto. Refiro-me p.ex. a um trecho da conclusão extraído de http://www.ipv.pt/forumedia/3/3_fi3.htm

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  3. Professor, reconhecemos nosso erro e consertamos o trabalho como pode ser visto acima.

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  4. http://www.youtube.com/watch?v=-ieQUF5q62g&feature=related
    Oi,vejam esse vídeo!

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