sábado, 17 de abril de 2010

Vídeo 3 - "BIA BAI"

O vídeo Bia bai expressa de uma maneira marcante o consumismo exagerado. As cenas nos remetem a visão maquiada de que ambos estão felizes por conta de uma mentalidade de que quanto mais se consome mais se tem garantias de bem-estar, de prestígio e de valorização. Há uma inversão de valores, ou seja, as pessoas não são mais vistas como são e sim pelo que elas têm.
Este comportamento é estimulado pela imprensa, cinema, televisão, novas tecnologias e a mídia em geral, características marcantes da globalização. Elas induzem ao consumismo desnecessário, alienado e descartável, onde você passa não só a descartar as coisas, mas também as relações sociais.
O consumismo que é a lógica do capitalismo oferece produtos que te pegam pelos olhos e não pelo pensamento ou pela necessidade.
No setor da Educação não existe mais engajamento, não há preocupação com propostas pedagógicas e é extremamente nocivo o processo de não perduração. A relação não é mais de formação e sim de instrução.
Para vivermos em um mundo melhor precisamos entender o verdadeiro sentido da vida, recuperar os sentimentos como, por exemplo, o amor, a paz, a dignidade, o respeito entre as pessoas, enfim os valores humanos de uma sociedade.

Grupo: Antonia dos Anjos Mendes, Izabela Santos Barreto, Paula Silva Serpa, Carla Sena, Juliano de Andrade Cavalcante e Claudirene Silva.

AV1
 
http://www.youtube.com/watch?v=lgmTfPzLl4E

Consumismo é o ato de comprar sem necessidade e sem questionamento. Utiliza-se da mídia com suas técnicas de marketing para criar uma ideia de necessidade, muitas vezes, falsa. A pessoa passou a ser
valorizada pelo que tem e não pelo que é.
Um dos motores do consumismo é a chamada obsolescência, as mercadorias estão sempre girando e as pessoas estão sempre trocando as suas coisas. A obsolescência programada é quando o fabricante diminui a vida útil de um produto para que ele seja trocado mais rápido e a outra é a obsolescência perceptiva, quando o produto ou tecnologia mais eficiente tomam o lugar do mais antigo, ou quando comprar um novo sai mais barato do que comprar a peça de reposição do produto antigo. Somos induzidos a comprar produtos que sabemos que iremos jogar fora e não fazemos nada contra isso.
Geralmente uma tecnologia se sobrepõe a outra de forma que não possamos substituir somente uma peça e sim o produto inteiro.
Na sociedade de consumo avançada, o ato de consumir não envolve necessariamente uma troca econômica. Consumimos com os olhos, absorvendo produtos com o olhar cada vez que empurramos um carrinho pelos corredores de um supermercado, assistimos à televisão ou dirigimos ao longo de uma rodovia pontuada por logotipos. O consumo visual é de tal forma parte de nosso panorama cotidiano que não nos damos conta dos significados inscritos em tais procedimentos. (WILLIS, 1997, p.44)
Essa é a cultura do consumismo, coisas, ideais e sonhos descartáveis, que mudam a cada propaganda na televisão. A pessoa não se mobiliza por que o foco muda rápido.
Antes de a pessoa começar a raciocinar, ela já está sendo bombardeada com outras informações sobre outros assuntos. É o universo imagético o qual estamos submetidos. Neste sentido, “se as pessoas estão mais prontas a se aceitarem como consumidoras do que produtoras, se a gratificação é associada ao consumo e não ao ato de trabalhar, fazer, realizar, temos que admitir e lembrar que nessa sociedade o trabalho é inatingível ou alienante”. (WILLIS, 1997, p.76)
Todo mundo é consumista em maior ou menor grau, crianças, adultos e adolescentes. As pessoas consomem porque precisam estar inseridas no contexto da moda. Essa visão difundida, principalmente, através dos meios de comunicação de massa, que com suas propagandas atraentes, conseguem encaminhar muitos para o objetivo mercantil: a compra, consumo.
De pais e educadores a agentes do mercado global, todos voltam os olhares para a infância – os primeiros preocupados com o futuro das crianças, já os últimos fazem crer que estão preocupados apenas com a ganância de seus negócios. Para o mercado, antes de tudo, a criança é um consumidor em formação e uma poderosa influência nos processos de escolha de produtos ou serviços. As crianças brasileiras influenciam 80% das decisões de compra de uma família. A publicidade na TV é a principal ferramenta do mercado para a persuasão do público infantil, que cada vez mais cedo é chamado a participar do universo adulto quando é diretamente exposta às complexidades das relações de consumo sem que esteja efetivamente pronto para isso. (TNS/INTERSIENCE, 2003)
O mercado hoje em dia dita as regras e tudo tem de ser consumido o mais rápido possível, pois logo haverá outra novidade. O jovem, por natureza, já apresenta uma tendência de buscar o que é novo. Então, o fator do desenvolvimento tecnológico, associado ao aspecto da característica do jovem de querer conhecer coisas novas, aumenta a necessidade de comprar.
A atual juventude difere muito daquela de outrora. Antigamente havia uma maior preocupação com a liberdade, com a vontade de ser independente dos pais, de reivindicar suas ideias em passeatas e greves e dedicar-se ao estudo visando o futuro. Podemos exemplificar essa afirmação, lembrando dos diversos rituais que significavam simbolicamente a passagem de uma fase do desenvolvimento da vida para a seguinte, os bailes de debutantes, o primeiro emprego, a primeira relação sexual anunciavam a passagem para a maturidade.
Na sociedade atual esses ritos de passagem estão cada vez mais raros e empobrecidos em nossa cultura, que acaba por produzir incertezas e inseguranças nos jovens quando se deparam com momentos de importantes mudanças diante da passagem de um momento da vida a outro. E deixam de ser transmitidos às gerações futuras, importantes valores de formação, informação e autoridade, com isso as gerações atuais vêm perdendo cada vez mais o contato com as de seus antecedentes. Gerando assim uma vertente para o consumismo, que é a desintegração dos pais na relação familiar, e quando surge um espaço de carência, ele precisa ser compensado. Em momentos de tristezas e frustrações, as compras ajudam nos sintomas que logo após a aquisição de um vestido, por exemplo, a felicidade e a euforia entram em ação.
Você é consumista? Diante da pergunta, a estudante Vanessa de Souza, 18 anos, hesita um pouco. “Não me considero, mas minha mãe diz que sou”, responde, reticente. Mas em seguida completa: “Pensando bem, acho que sou. Todo mundo diz. Não posso negar”, assume, aos risos. Como Vanessa, os jovens de hoje não deixam de reconhecer que cedem, sim, ao consumo, tão estimulado em épocas como o Natal. Não é à toa que são alvos preferidos do comércio, que lança mão de todos os artifícios para atraí-los. (GOIASNET.COM/Rodrigo Alves – O popular, 2009)
As pessoas são levadas pelas circunstâncias, que também é refletido nas relações interpessoais. Mantém-se um grupo de amizades e um relacionamento até o momento em que eles oferecem determinadas “vantagens”. Depois, joga-se fora e parte-se para outra. Como vemos na cultura do descartável. Ao contrário da perduração. Um conhecimento mais aprofundado destes elementos pode permitir a elaboração de programas de intervenção para a melhoria das relações sociais, da convivência entre as pessoas.
A qualidade da educação está decrescendo cada vez mais. São criados consumistas e não cidadãos. As instituições encontram-se desvalorizadas e desacreditadas, por não conseguirem mais atender às necessidades sociais.
Além de ser uma questão de cidadania, as atitudes de consumo consciente, onde se compra sem exceder as necessidades, ajudam a preservar o meio ambiente.
O consumismo leva a uma intensificação da produção e consequentemente aumento da extração de matérias-primas e do consumo de energia, muitas vezes, de fontes não renováveis.
O consumo de água sendo utilizado de forma consciente impactará positivamente sobre a sociedade, pois preservará a água para os outros; sobre a economia, adiará a necessidade de novos investimentos; sobre a natureza, não estará pressionando as nascentes e para nós, haverá economia na conta de água.
Consumimos cada vez mais sem nos dar conta da consequência dos nossos atos no meio ambiente, uma sobrecarga de embalagens, garrafas, baterias, pilhas, etc. Produzimos desnecessariamente cada vez mais lixo.
O consumismo – ou a face original, o capitalismo – além de enganar toda uma sociedade, acabar com os recursos naturais do planeta, causar a poluição do mesmo, oferecendo terror aos ecologistas e a sociedade futura, ele ainda domina mentes de uma forma violenta, originando cegueira, burrice e em alguns casos, morte existencial. Dizem por aí que “nem sempre aquilo que é novo é necessário e de boa qualidade”. Existe uma verdade nisso, quando pensamos no consumismo. (WORDPRESS, 2009)
O consumismo impensado, desenfreado não nos dá boas perspectivas sociais e ambientais, prova disso são as mudanças climáticas que vêm ocorrendo no nosso planeta.
O consumidor consciente busca o equilíbrio entre a sua satisfação pessoal e a sustentabilidade do planeta. Ele se preocupa com a repercussão nas relações sociais, na natureza e na economia.
Não há possibilidade de um planeta equilibrado sem a educação para o consumo. É indispensável racionalizar o consumo e de preferência consumir produtos que poluam menos e que explorem menos a natureza.
“A terra pode oferecer o suficiente para satisfazer as necessidades de todos os homens, mas não a ganância de todos os homens.” (GANDHI)

REFERÊNCIAS:

WORDPRESS. Personalogia: consumismo, a moda que destrói. Disponível em . Acesso em 08/03/2010.

WILLIS, Susan. Cotidiano para começo de conversa. Disponível em

COLÉGIO FRIBURGO. Consumo Sustentável. Disponível em

GOOGLE. Images. Disponível em < http://images.google.com.br >

ALANA. Consumismo Infantil. Disponível em < http://www.alana.org.br/criancaconsumo >

ANGELFIRE. Consumismo. Disponível em < http://wwwangelfire.com/sk/holgonsi/consumismo 2. >










3 comentários:

  1. Parabens pelo trabalho! O grupo "Bia Bai" captou a proposta e apresenta uma boa reflexão a respeito do vídeo. Melhorias sempre podem ser feitas... Teremos nas próximas aulas sugestões de melhorias a partir de mais debates. Estejam prontos para fazer melhorias em seu texto. Todos estão convidados a colaborar aqui. Temos até a AV2 para ampliar a reflexão sobre o tema consumismo, cultura e educação.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. http://www.youtube.com/watch?v=lgmTfPzLl4E Oi,estava assistindo o vídeo de português e achei esse vídeo muito interessante,pois reflete todo o problema e talvez a solução do consumismo.Monica

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